Fomos um sucesso na Feira do Livro - noite de dia 30 de Novembro (onde estiveram presentes o escritor José António Gomes - João Pedro Mésseder e o ilustrador Luís Mendonça - Gémeo Luís)
com a nossa:
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CONVERSA DE LIVROS E SOPA DE NÚMEROS, PIRATAS E GATOS
Turma B – 5º Ano Escola Básica 2,3 de Azeitão
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Madalena E - Eu quero uma nova palavra,
diferente das outras palavras
que cansei de repetir,
uma palavra de vento,
uma palavra que o tempo
seja incapaz de ferir.
Inês: Os sonhos não pertencem ao lugar onde acontecem. À chegada ao seu lugar de sonho, o sonhador desilude-se e regressa, preferindo sonhar no seu lugar.
Francisco CB.
Há palavras
feitas p'ra voar
num céu de Maio.
Leves palavras
ao colo do vento,
construídas
com o papel
colorido
dos teus sonhos.
Tomas uma
e soltas o fio
que a prende
à tua mão.
Madalena E : Eu quero uma nova palavra,
mistura de sol e de frio
de barcos descendo um rio,
cheia de céu e de mar.
Inês: Os sonhos são terras prometidas para cultivar desejos à mão de semear: sementes são desejos com certificado de garantia.
Manuel V.:
E a palavra
ganha asas,
eleva-se no ar
com o seu longo
ditongo
voador
Até encontrar
no mais alto
de ti mesmo,
um lugar
imenso
para morar.
Madalena E - Eu quero uma nova palavra,
aberta de par em par
como o rosto de um menino
com paisagens no ouvido
e cantigas no olhar.
Inês: Todos querem o que sonham e cada um sonha o que quer. Mas nada é, nem como se quer, nem como se sonha.
Turma - Nós somos a turma Bê
Beatriz N. - Bê de ler…é muito Bom
Beatriz P. - Bê de sopa…Biarrggg é o som
Adriana - Bê de números…Bichos piratas maus
Turma – ‘Bora atirar-lhes uns paus?
Patrícia - Bê de gatos Belos enroscados
Manuel V. - Bê de aventuras Boas
João B. - Bê de livros Bem misturados!
João F: Ora ouçam lá esta conversa de livros e sopa de números, piratas e gatos!
Jorge – (dedo no ar e livro na mão) Desculpem! Posso contar a história do Sr. Adiposino???
Turma – NNÃÃÃOOOOOO!!!!!
Manuel Lourenço – O livro do Sr. Adiposino é muito gordo e não cabe nesta conversa!!!!!
Turma – ssschlep ssschlep ssschlep ssschlep ssschlep ssschlep
Inês – Olhem lá! Vocês não conseguem fazer menos decibéis a comer a sopa?!!
Sara - Olhem lá! Vocês não conseguem fazer menos decibéis a comer a sopa?!!
Madalena E. – O pai pôs a mesa (mal, mas pôs). A mãe pôs a sopa na mesa (fria como sempre). E o filho pôs-se à mesa a dizer que não queria comer a sopa (baixinho mas disse!).
Francisco N. – Eu não quero comer os números! Mas eu não quero comer os números! Não me obriguem a comer os números!
Salvador F. – Os números? A conversa não era sobre a sopa?!?
Francisco N. – Sopa, vegetais, números… é tudo a mesma coisa!!!
Joana – Dois e dois, quatro: deram-me uns sapatos. Três e três, seis – não tenho vintém. Quatro e quatro, oito – um sapato roto. Cinco e cinco, dez – ai as dores nos pés.
Turma – Canção: Os números aos saltos fazem confusão, mas bem arrumadinhos na minha cabeça, parecem a letra de uma canção.
Eduardo – Alguém quer uma canjinha de galo?
Turma – NNÃÃÃOOOOO!!!!!!!
Eduardo – Porquê?
João G. – Porque para fazer canja de galo é preciso matá-lo. yo
Patrícia – Tens de a comer…toda!!!
João B. – Eu até quero a sopa, a minha boca é que não quer comê-la.
Catarina – Então come-a pelo nariz!
Salvador A. – Mas o meu nariz até se torce de a cheirar!
Sofia – Então come-a pelos olhos!
João F. – Mas eles nem a querem ver…
Manuel V. – Então come-a pelos ouvidos!
Mariana – Mas eles nem querem ouvir falar dela!
Manuel L. – Se eles soubessem o que ela tem para dizer…
Rafael – E o que é que ela tem para dizer???
Francisco C.B. – Da família dos piratas, só gosto mesmo é da nata. Dos que são a sério maus, como uns pássaros bisnaus.
Salvador A. – Dos que dão berros medonhos, tudo menos enfadonhos, dos que sospem no convés e nunca lavam os pés.
Joana – Ai as dores nos pés!!!!
Teresa – Os pés? Os pés? Mas para comer sopa é preciso lavar as mãos!
Jorge – Desculpem! Sou eu outra vez…comi sopinha de legumes e andei a correr atrás das nuvens…será que já caibo na conversa?
Salvador F. – Vamos lá ver se já consegue entrar…não ainda não! Tenha paciência Sr. Adiposino, fica para a próxima!
Jorge – Para a próxima? Estão a brincar comigo…
Rita – Brincar é a mais divertida das coisas sérias!
Patrícia – Sério é tudo o que quisermos levar a sério!
João F. – A «sérrrrio»?
Adriana – A rainha da Roménia
Rita – Segue o rasto do repasto
Adriana – que roda em roda da mesa
Rita – pernas de rã, rabanetes,
Adriana – robalinhos, couve roxa,
Rita – rosbife assado com molho
Adriana – rabanadas, rebuçados…
Raquel – Meus queridos convidados, vá não se façam rogados
Catarina – Com este vinho do Reno ataquemos já a eito
Raquel – E Deus queira que no fim nos conservemos direitos.
Miguel – Já estou a ficar confuso! Afinal esta conversa é sobre banquetes, sopa, gatos ou quê?
Turma – Os números trocados, são um desespero. Mas todos em fila, bem organizados, lembram uma orquestra depois de o maestro, ter bem afinado os desafinados!
Francisco N. – Números? Outra vez?
Madalena M.– Então e a sopa de letras?
Miguel – Quando a sopa de letras apareceu já se falava de sopa há muito tempo.
João G. – Vasculho no cesto das letras até encontrar um G.
Mariana – Continuo a vasculhar até descobrir um A.
Eduardo – Remexo, remexo, remexo, até encontrar um T.
Sofia – E lá no fundo de tudo descubro por fim o O.
Madalena M. – Componho então a palavra...Mas p´ra não ficar sozinha, arranjo-lhe já companhia
Rafael – Formando mais três palavrinhas:Telhado, Sol e Sardinha.
Beatriz N.– Sardinha……assada? Pescada……no mar? Por algum …… Pirata?
Joana – Da família dos piratas, eu gosto mesmo é da nata...
Sofia - Dos que são a sério maus, como uns pássaros bisnaus.
Teresa - Lá vêm vocês outra vez com a mesma conversa de gostar de piratas maus! Logo vocês que são tão boazinhas...
Sara - Dos que têm perna de pau e gancheta em vez de mão, dos que bebem em jejum meia garrafa de rum.
Todos: ssschlep, sschlep, ssschlep, sschlep…..
Inês - Olhem lá! Vocês não conseguem fazer menos decibéis a beber o rum?
Salvador F. - Olhem lá! Vocês não conseguem fazer menos decibéis a beber o rum?
Turma – NÃÃÃOOOO!!!!!!!
Beatriz P. – Ora bem! Ponto da situação! Menino Francisco, diga lá o que aprendeu com tudo isto!
Francisco CB – Bem... bem... deixem-me pensar... pois... o saber não ocupa lugar e cabe sempre em qualquer lado... agora que precisava dele, onde o deixei (des)arrumado?
Turma: brincar com os livros, na nossa cabeça, é fazer ginástica embora não pareça!
e quem muito lê, é um grande atleta! Insiste? Pratica? Um dois três, vai chegar à meta!
João F. – E será que já chegámos à meta?
Turma: NÃÃÃOOOO!!!!!!! Ainda falta muuuuuuuuito para chegarmos ao FFFIIIIIMMMMM!!!!!!!!!
Um a um vão dizendo a palavra fim...
Teresa - Este texto foi composto por nós, turma Bê do quinto ano, da Escola Básica 2,3 de Azeitão, nas aulas de Área de Projecto, tendo por base excertos de vários livros (itálico).
Os livros que entraram nesta conversa foram:
(vários alunos dizem os nomes dos livros, mostrando-os)
- «A Canção dos Piratas» de João Pedro Mésseder e Luís Henriques
- «ssschlep…» de Eugénio Roda e Gémeo Luís
- «Palavra que voa» de João Pedro Mésseder e Gémeo Luís
- «De que cor é o desejo?» de João Pedro Mésseder e José Miguel Ribeiro
- «Aventuras Domiciliárias III» de Eugénio Roda e Gémeo Luís
- «O G é um Gato Enroscado» de João Pedro Mésseder e Gémeo Luís
- «O Quê Que Quem – Notas de corrimão e de rodapé» de Eugénio Roda e Gémeo Luís
- «Trapalhadas Fantásticas» de Eugénio Roda
- «Canja de Galo» de Estevão Roque e vários ilustradores
- «Provérbios Repenteados» de 3za éme e Emílio Remelhe
3 comentários:
Quem não viu o nosso teatro perdeu muito...o nosso teatro foi de morrer a rir.
Confesso que a principio estava um pouco nervosa mas o teatro correu bem foi muito giro.
Madalena M
bem o nosso teatro foi um espetaculo... gostei de ver toda a gente interessada com os seu papeis... as professoras foram umas queridas por nos ter em ajudado.
uma dos 28 na sala
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